O SENTIDO DA DEVOÇÃO A MARIA, AOS SANTOS E O CULTO DAS IMAGENS – III (continuação)

O SENTIDO DA DEVOÇÃO A MARIA, AOS SANTOS E O CULTO DAS IMAGENS – III (continuação)

POSTADO EM 30 de Outubro de 2015


Image title

O exemplo de Maria não afasta de Jesus, pelo contrário, arrasta a humanidade para a adoração de seu Filho: ''Fazei tudo o que Ele vos disser'' (João 2,5). Eis o que nos ensina Maria; é sua última palavra na Bíblia, é seu testamento. Maria faz eco à Palavra do Pai quando da transfiguração de Jesus: ''Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz'' (Mateus 17,5). Concluímos que o culto à Maria é bíblico, nele não há idolatria. A devoção à Maria nos leva a Jesus, à comunhão com Ele, Jesus é a meta de toda devoção Mariana.  A alegria de Maria é que aceitemos e sigamos Jesus, como assim ela o fez. Maria não é o centro da fé, o centro é Jesus. Porém, Maria faz parte do centro da fé porque faz parte, de forma única, da vida de Jesus. Mãe e Filho estão ligados no plano de Deus e não podem ser separados; não se pode reconhecer o Filho e não reconhecer a Mãe. Aceitemos a vontade de Deus, aceitemos o presente que Ele nos dá: MARIA.

3. Imagens e idolatria: Muitos se perguntam: os católicos adoram imagens? A resposta é: não! Nunca as adoraram, sempre as valorizaram. As imagens valem o que vale uma foto; ela pode estar gasta, mas recorda um ente querido. Os católicos não adoram imagens. Somente as utilizam para lembrar de alguém que é maior e a isso se chama de veneração e não de adoração. O sentido das imagens católicas está na linha da serpente de bronze que Deus mandou Moisés esculpir (Números 21,8-9), segundo a explicação dada em Sabedoria 16,7: ''e quem se voltava para ele (o sinal da serpente), era salvo, não em virtude do que via, mas graças a Ti ó Salvador de todos''.

   a) Imagens permitidas na Bíblia: A Bíblia apresenta, muitas vezes, o mistério de Deus através de imagens; e a primeira imagem quem a fez foi o próprio Deus, ao criar o ser humano à sua imagem e semelhança (Gênesis 1,27; 2,7). O mesmo Deus manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Êxodo 25,18-20). Manda Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1Reis 6,23-35 e 7,29). O Novo Testamento também apresenta o mistério de Deus através de imagens: a imagem de Jesus como cordeiro digno de receber a força e o louvor (Apocalipse 5,12). Quando do batismo de Jesus, o Espírito Santo é apresentado em forma de pomba (Mateus 3,16) e no dia de Pentecostes, como línguas de fogo (Atos 2,1-3). Jesus ensinava através de imagens: ''Eu sou o bom pastor'' (João 10,14). Os primeiros cristãos vão representar Jesus desenhando um Bom Pastor com a ovelha nos ombros. Olhando esta imagem eles não adoravam um pastor, mas pensavam na ternura de Deus que, em Jesus, busca a ovelha perdida. Representar algo por imagem ou símbolo era comum na Igreja primitiva, sobretudo em templos de perseguição. Por muito tempo, as pinturas dos santos e de cenas bíblicas nas Igrejas foram o único 'livro' que os cristãos mais simples puderam ler e entender.

 b) Imagens proibidas na Bíblia, idolatria: A Bíblia, então, não proíbe as imagens? Sim, proíbe quando sua finalidade é servir à idolatria: ''Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura alguma do que está em cima dos céus, ou abaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles e não lhes prestarás culto'' (Êxodo 20,2-5). Em várias passagens bíblicas se repete esta proibição de não adorar outros deuses e nem fazer deuses fundidos (Êxodo 34, 14-17; Deuteronômio 7,5). (continua).

© Copyright 2024. Desenvolvido por Cúria Online do Brasil