LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

POSTADO EM 22 de Fevereiro de 2023

Na noite da quarta-feira (15/02) fiéis da Diocese de Bragança, composta pelas Regiões Pastorais de Atibaia, Bragança Paulista, Caieiras, Francisco Morato, Itatiba, Piracaia  e Socorro, reuniram-se no Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para participar da apresentação sobre o Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2023. Com a proposta de despertar o espírito de caridade e de compromisso o tema "Fraternidade e fome", somado ao lema "Dai-lhes vós mesmo de comer" (Mt 14,16), convida nossas comunidades para adotarem uma postura responsável perante a fome que persiste no Brasil, a exemplo do Mestre Jesus Cristo.


Na mesa estiveram presentes o Coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Alexandre Oliveira Nascimento, o Pe. Dr. Antonio Carlos Frizzo, da Diocese de Guarulhos e o Assessor para as Pastorais Sociais, Pe. Juzemildo Albino da Silva.


O Pe Dr. Antonio Carlos Frizzo abriu a noite fazendo um paralelo da Campanha da Fraternidade de 2023 com os temas e lemas das Campanhas de 1975 e 1985, que tinham o tema da fome em comum. Também trouxe a importância de visitarmos os textos das Encíclicas Papais desde Leão XIII, para absorção do rico conteúdo destes ensinos sociais. Ainda fez menção à Antiga e Nova Aliança, fazendo menção às citações sociais nos textos dos profetas Amós, Miquéias, Oséias e Isaías. Sua apresentação, rica em números, ressaltou o grave problema atual da fome no Brasil, demonstrando que a população do norte e nordeste, negra (pretos e pardos) e famílias chefiadas por mulheres possuem menos condições de manter a segurança alimentar de seus lares. Mencionou também que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer, ou seja, estão em condições de insegurança alimentar. O Pe. completa que não existe dignidade humana quando se sente fome.


Em seguida, o Pe. Alexandre Oliveira Nascimento nos apresentou como funciona a Campanha da Fraternidade na Diocese de Bragança, esclarecendo que primeiramente o nosso Bispo Diocesano Dom Sérgio Aparecido Colombo faz a abertura com uma reflexão e um aprofundamento. Citou que liturgicamente a campanha é iniciada na quarta-feira de cinzas, mas que os temas que formulam a campanha não terminam na quaresma, mas devem ressoar durante todo o ano. Comentou que a Diocese de bragança promove a campanha com texto e materiais para que haja um desenvolvimento em nossas paróquias e ainda citou a importância das Comunidades Eclesiais Missionárias como instrumentos da evangelização ligada ao tema. Ressaltou a importância dos encontros com as comunidades, defendendo que o movimento deve ser iniciado em casa, em um processo de repensar a caminhada, revendo os conceitos pré estabelecidos.


Após a apresentação foram abertas as perguntas para os fiéis presentes participarem, quando questionamentos relacionados ao resultado das ações trouxeram uma reflexão importante da Igreja incentivar e preparar a comunidade para participação na política com ideias, projetos e ações que possam contribuir com resultados mais efetivos. Foi lembrado também que o texto base da Campanha da Fraternidade traz nas 10 últimas páginas formas de recolher, propor e agir no combate da fome. Foi reconhecida também que a força da sociedade está em se organizar em grupos e criar espaços nas Câmaras, e que houveram momentos em que a Igreja já foi mais fervorosa na criação de atitudes que defendem seus valores.


Na segunda pergunta o questionamento foi relacionado às oportunidades de emprego, trazendo a reflexão sobre o ensinar a pescar ao invés de dar o peixe. Nesta pergunta a mesa respondeu que a sociedade se preocupa demasiadamente no balanço comercial, na lucratividade, mas que isso afasta oportunidades reais de desenvolvimento da sociedade e do ser humano. Foi trazida a dura, mas real reflexão, sobre a ausência dos mais pobres dentro da nossa Igreja.


Na terceira questão os fiéis perguntaram o porquê da Igreja Evangélica abrir mais espaço na política do que a Igreja Católica. E também porque a Igreja Católica não prepara jovens. Nesta questão a mesa citou a importância de seguirmos o que o Papa Francisco cita sobre a sinodalidade, sobre a escuta, para que a Igreja tenha mais entrada na política. Que falta envolvimento, mas que quando alguém entra na política recebe olhares “tortos” de julgamento. Mas que é papel da Igreja incentivar pessoas com valores cristãos para esta jornada política.


Ainda foi citada a ideia da criação de um grupo de fé e política, como forma de valorizar as pessoas que querem ser políticos, e que desta forma teríamos pessoas mais próximas para cobrar. Foi também apresentado um ponto de atenção para o cuidado de que a política não torne estas pessoas partidárias.


No quarto questionamento a pergunta chegou direto no ponto indagando como a Igreja combate a fome. Nesta questão a mesa apresentou diversas formas que a CNBB atua, como por exemplo os Conselhos da Saúde, do Idoso entre muitos outros. Foi também salientado que o poder público deveria repensar os modelos de repasse das verbas.


Na quinta questão a reflexão foi em relação ao comportamento humano, que hoje se preocupa mais com um pet do que com seres humanos, trazendo uma aceitação unânime para mesa em relação ao papel da família que, em muitas vezes, prefere deixar de ter um filho, se contentando com um pet.


Durante à sexta pergunta foi colocada que a pastoral social, citada no exemplo, vai além trazendo um acompanhamento psicológico, o que foi completado pela mesa com citações de vários exemplos de auxílio durante a pandemia, durante os deslizamentos de terra nestes tempos de chuva e tantos outros exemplos que firmam a Igreja Católica como uma das instituições que mais auxiliam os mais pobres ou afetados por catástrofes.


Na sétima questão, sobre o repasse da verba da Campanha da Fraternidade, a mesa citou que no próprio site da CNBB existe uma área que cita as ações sociais realizadas.


Na oitava e última questão o assunto foi relacionado à percepção nos diferentes níveis, como um encaminhamento de uma petição. Nesta questão a mesa citou a importância da comunicação e da divulgação, trabalhando o eixo da campanha e integrando melhor os trabalhos diocesanos. Desta forma, ao aumentar o conhecimento sobre as pastorais e seus trabalhos, ficaria mais clara a dimensão dos trabalhos realizados pela Igreja e estimularia a realização através do intercâmbio de ideias e incentivos.

Image titleImage title

Image title

Image title

Image title

Image titleImage title

Image title

Image title

Image title

Image title



© Copyright 2024. Desenvolvido por Cúria Online do Brasil