O ADVENTO e o JUBILEU Extraordinário da Misericórdia

O ADVENTO e o JUBILEU Extraordinário da Misericórdia

POSTADO EM 30 de Novembro de 2015

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 Irmãos e irmãs!

                       Com o tempo do Advento iniciamos um novo ANO LITÚRGICO. É toda a Igreja que, em atitude alegre e vigilante, se abre àquele que VEM para salvar. O Apóstolo São Paulo na carta aos Coríntios exorta-nos à confiança e à perseverança, pois o Senhor quer nos encontrar “irrepreensíveis” por ocasião de sua chegada (cf. 1Cor 1,7-9). Aquele que vem é o mesmo que veio e que virá. Ele é sempre DEUS-CONOSCO, presente na história, conduzindo-nos à liberdade e à vida.

                    O evangelista Lucas convida-nos a acolher Jesus de Nazaré, o realizador das promessas de Deus. Nele, Deus visitou definitivamente seu Povo. Ele é a salvação preparada para todos os homens e mulheres. Sua missão começa preferencialmente junto aos pobres, doentes, estrangeiros, pecadores, excluídos e à margem da sociedade. É ele quem revela o rosto misericordioso de Deus, o Pai que espera a volta do filho que se extraviou e que, quando o recupera são e salvo, se alegra e festeja. Evangelista que apresenta Jesus rodeado pelas multidões, a todos chamando à conversão e à experiência do seguimento; que percebe o desejo de Jesus de ir às cidades e aldeias anunciando a solidariedade e a bondade de Deus, o Pai. O Advento, portanto, manifesta-se como convite para retomada do caminho com Jesus que apresenta o Projeto do Reino de Deus, de partilha e de solidariedade para com todos.

                             O Advento deste ano reveste-se de particular significado, com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, promulgado pelo Papa Francisco para toda a Igreja e que terá início no dia 8 de dezembro de 2015 – Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Seu apelo é para que a Igreja deixe-se envolver pela ternura, pela cordialidade, pela acolhida materna, pelo abraço paterno, pela fraternidade, pela samaritanidade. “Igreja em saída”, como ele mesmo gosta de repetir.

                          Comunidade de discípulos missionários que se compromete, acompanha, toma a iniciativa, que vai à frente, que sabe manter-se no meio de todos com sua proximidade amorosa, que sabe manter viva a esperança. Comunidade missionária que vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado ela mesma a misericórdia infinita do Pai. Enfim, uma Igreja que assuma o anúncio jubiloso do perdão, do regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e dificuldades de seus filhos e filhas, nossos irmãos e irmãs.

                                O anúncio do profeta Isaías, realizado na pessoa e nas ações de Jesus de Nazaré – “um ano de misericórdia” (cf. Is 61,1-2), ressoe com toda a força no coração de nossas comunidades. Estruturas, ações pastorais, gestos, linguagem explicitem o que realmente desejamos viver. O pedido desafiador de Jesus: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36), continua a nos interpelar. Que ele seja fonte de alegria e de paz, um estilo de vida a ser assumido e que possibilite a toda a Igreja recuperar a credibilidade do seu anúncio.

                                  Em tempos de intolerância religiosa, descrédito das instituições responsáveis pelo bem comum, lógica da aparência e do sucesso a todo custo, ódio e violência, a Igreja não tenha medo de testemunhar a misericórdia. É urgente que ela o faça.

                                 A mãe da misericórdia nos acompanhe neste Ano Santo. Com ela guardemos no coração a misericórdia divina

em sintonia com seu Filho Jesus. Amém. 

                                                                         + Sérgio

                                                                   Bispo Diocesano                                                           

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