Diocese de Bragança Paulista

Diocese de Bragança Paulista

POSTADO EM 13 de Julho de 2015

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A Diocese de Bragança Paulista

     90 anos evangelizando

                                 Aos 24 de julho de 1925, o Papa Pio XI criou a Diocese de Bragança Paulista no Brasil, estado de São Paulo, com território desmembrado, na sua quase totalidade, da Arquidiocese de São Paulo e que se tornou sufragânea da Arquidiocese de Campinas  (SP), em 1958.

                                 O que é uma Diocese? O Código de Direito Canônico, Constituição da Igreja Latina (nossa Igreja), assim a define: “A Diocese é uma porção do povo de Deus, confiada ao pastoreio do Bispo, com a cooperação do presbitério, de modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e, pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida por ele no Espírito Santo, constitua uma Igreja particular, na qual está verdadeiramente presente e operante, a Igreja de Cristo uma, santa, católica e apostólica” (CDC n. 369).

                              Na bula de criação da Diocese – AD SACRAM PETRI SEDEM - nos deparamos com o caminho a ser percorrido pela nova Diocese. Assim se manifestou Papa Pio XI: “Sendo nós, chamado por divina disposição para ocupar a Santa Sé de Pedro, mesmo quando atendendo a piedosas súplicas, queremos, com o pensamento em Nosso Senhor, fazer tudo o que possa contribuir para o contínuo aperfeiçoamento do culto divino e para o bem espiritual dos fiéis de Cristo...”  

                             Chama nossa atenção o desejo do Papa: aperfeiçoamento do culto divino e o bem espiritual dos fiéis. Aí já estava já presente a vocação de nossa Igreja diocesana, que é a de toda a Igreja e que permanecerá para sempre: conduzir o povo à santidade, na busca e no conhecimento de Deus, mistério inefável, para adorá-lo e servi-lo eternamente e celebrá-lo como mistério de amor de comunhão.

                                  Peregrinando pela história, entre luzes e sombras, no campo e na cidade, esta com suas desafiadoras periferias, mas não sem esperança e confiança, alegramo-nos por ter trilhado o caminho proposto. Passamos da utopia, aquilo que muitas vezes pensamos não poder realizar, para a topia, isto é, a concretização com nossa generosidade, animo e determinação, sob a ação do Altíssimo, de sua santa vontade. Nesse contexto, tendo à frente fiéis e destemidos pastores, com a participação de irmãos leigos e leigas, foi acontecendo o agir de nossa Igreja diocesana – sua pastoral que, como lembra o Papa Francisco, “nada mais é do que o exercício da maternidade da Igreja. Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, conduz pela mão. Por isso, faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia. Sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de ‘feridos’, que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor”.

                                Alegra-nos saber hoje, mais do que ontem, que tudo concorreu para esse fim. E, mais que uma Igreja instituição, “enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”, foi-se edificando uma Igreja  solidária, que se deixou conduzir pelo Espírito e que aprendeu a ser uma “Igreja em saída”. Uma Igreja em permanente estado de missão, casa da iniciação à vida cristã, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral, comunidade de comunidades e uma Igreja a serviço da vida plena para todos.

                                  

                                   Olhamos para o passado com gratidão. Aquilo que hoje para nós é exigência de conversão – “conversão pastoral”, muitos que vieram antes buscaram vivenciar, conforme as necessidades e aspirações do tempo, daquele modo de ser Igreja –  comunidade, e as possibilidades de cada um. Quanto ao presente, urge o empenho de comunhão e participação.

                                     Quanto temos realizado, tornando topia a utopia dos nossos antecessores. Quanto sofrimento transformado em júbilo. Muito é nosso fazer, procurando corresponder hoje à altura, às exigências de nossa Igreja. É tempo de agradecer o caminho percorrido ao longo desses 90 anos. Como Deus foi bondoso!  Sintetizo os dons recebidos do céu com ordenação, neste ano, de seis novos presbíteros, para que, se promova, cada vez mais, o ardor evangelizador de nossa Diocese. Quanta alegria, Deus o sabe. Temos consciência de que não somos merecedores de nada. Ontem, como hoje, graça sobre graça.

                                          Quanto ao futuro, ele a Deus pertence. Continuaremos a oferecer nosso testemunho com largueza de coração.

                                  Terminamos fazendo nossas as palavras do amado Papa Francisco. Elas iluminarão nossa Igreja diocesana na sua caminhada rumo à santidade. “A Igreja, ‘Mãe de coração aberto’, ‘casa aberta do Pai’, conclama a todos para reunir-se na fraternidade, acolher a Palavra, celebrar os sacramentos e sair em missão, no testemunho, na solidariedade e no claro anúncio da pessoa e da mensagem de Jesus Cristo. Na Igreja, o fiel encontra a força de uma união que ultrapassa raças, condições econômico-sociais, preconceitos, discriminações (cf.Gl 3,28). A unidade de todos, em meio à diversidade de dons, serviços, carismas e ministérios, testemunha o amor trinitário do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo”.

                                          Amparados pela Mãe de Jesus, nossa mestra e padroeira, torne-se nossa Igreja sempre mais acolhedora, missionária, servidora e misericordiosa. Amém.

        + Sérgio

           Bispo Diocesano

                  Como aquele que serve      

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