Diocese agradece os anos de dedicação do Pe. Petrus

Com a tomada de posse do Pe. Mauri Sebastião Rodrigues, smm no ofício de pároco da Paróquia A Senhora de Todos os Povos, concluiu-se os longos anos de serviços prestados pelo Pe. Petrus Maria de Waard, smm em nossa diocese. Com seus 87 anos de vida, dentre os quais 60 como padre, Pe. Petrus sempre foi um exemplo de dedicação entre nós. Assim, ao final da missa de posse do Pe. Mauri, Dom Sérgio Aparecido Colombo dirigiu-se a ele, resumindo o sentimento de toda a diocese num discurso emocionado:

Querido Padre Petrus,

o sentimento que toma conta, hoje, de nós diocesanos – que toma conta do meu coração e eu transmito para o senhor agora – é um sentimento de gratidão! Eu me lembro perfeitamente do dia que eu cheguei – 06 de dezembro de 2009 – o senhor, não me lembro se foi exatamente naquele dia ou no outro dia, foi me entregar a sua carta de 75 anos – lembra? – colocando a paróquia à disposição. Eu disse: “Padre, eu estou chegando. Se o senhor me permite, eu vou dizer só uma coisa: por enquanto, continue”. E o senhor continuou quanto pode, fazendo tudo aquilo que pode, por praticamente doze anos, que é o tempo que eu completei aqui no dia 06 de dezembro.

O senhor, que foi pároco em São Sebastião, aqui em 1987, em Nossa Senhora Aparecida, também aqui, em 1989. Em São Pedro Apóstolo, como administrador em 1995. Depois Nossa Senhora Aparecida, de novo, em 2001, e aqui desde 2007 – quando eu cheguei já estava aqui há dois anos – e durante esse tempo todo, conforme foi possível, o senhor também foi assistente eclesiástico da Congregação Mariana.

Toda a Diocese de Bragança Paulista - e eu aqui me faço porta-voz de todos aqueles que são membros desta igreja diocesana, desta igreja particular – agradece o testemunho do senhor. O seu testemunho missionário, um testemunho convicto, um testemunho cheio de esperança, um testemunho generoso, um testemunho que foi consumindo a sua vida. E hoje, então, nós estamos aqui para agradecer! Agradecer o senhor, e claro, aos Missionários Monfortinos, que vão continuar aqui a obra do senhor.

Aqui desse lado de Atibaia, da Fernão Dias para cá, o senhor é um padre que fez a diferença! E todos nós sabemos disso. Tudo isso tem um nome: dedicação, trabalho! Eu sei dos seus limites: quantas vezes o senhor partilhou comigo seu sofrimento, suas dificuldades, mas sempre eu dizia “O senhor está bem?”, “Estou bem! Estou bem!”

Então padre, eu quero dizer ao senhor, que Deus o recompense! Ele e a Virgem, a Senhora de todos os povos. Só ela poderá, agora mais do que nunca, tê-los nos seus braços, para manter viva a sua fé, a sua esperança, o seu amor e, com certeza, o seu desejo daquilo que falávamos hoje, conforme a liturgia sugere, seu desejo de eternidade. Ao senhor, que sempre manifestou a Senhora de todos os povos uma paixão tão grande, um amor tão grande, ela vai recebê-lo no Céu na hora em que o senhor for chamado para eternidade! Muito obrigado!

Quero dizer que sempre tive e sempre terei pelo senhor uma admiração muito grande pela sua simplicidade. O senhor veio da Europa, da Holanda, para trabalhar conosco aqui e lá da Holanda quantos recursos o senhor conseguiu! Pedindo, com certeza. Esmolando, pra poder fazer toda essa beleza que é esse complexo da Paróquia A Senhora de Todos os Povos. O povo não pode nunca esquecer o que o Padre Petrus fez aqui durante todo este tempo!

O senhor foi sempre um exemplo para o nosso presbitério! Eu nunca me lembro de o senhor ter faltado a um retiro. Eu não me lembro! “Olha eu não vou porque tenho uma consulta médica. Eu não vou porque eu tenho dentista. Eu não vou porque eu tenho não sei o quê”, como a gente ouve às vezes. Nunca me lembro de o senhor ter faltado numa reciclagem dos presbíteros. E não só estado lá presente, mas participando, intervindo, ajudando, e também em tantas outras atividades da nossa diocese. Eu quero ser, se o senhor me permite nesse momento, e espero estar sendo fiel intérprete daquilo que está no coração do nosso presbitério, do nosso povo, dos nossos seminaristas, dos nossos agentes de pastorais e de toda a nossa igreja: que o senhor seja muito feliz! Que Deus o conserve por muito tempo! Que o senhor possa, aqui com padre Mauri, continuar realizando um trabalho bonito como o senhor sempre realizou!

Que bom que o senhor vai ficar aqui! Conversando com o superior geral, o Padre Luizinho (muito amigo da gente, muito próximo a mim), quando ele disse “Olha, nós gostaríamos de continuar com a paróquia”, eu falei “Não vou nem colocar isso no Conselho de Presbíteros. Da nossa parte, vocês Padres Monfortinos continuam aqui com a nossa paróquia!”. E o senhor já estava preparando um padre que viesse aqui conhecer a realidade, conhecer o povo, as pessoas pra poder agora ser o pároco e o senhor continuar aqui também trabalhando com ele. Isso é uma alegria para todos nós: essa proximidade nossa com o senhor, com os monfortinos, com o Padre Luizinho, e sobretudo pelo seu testemunho em nosso presbitério!

Eu nunca vou esquecer a sua imagem, a sua fisionomia, a sua presença. O senhor passando pela Cúria, o senhor indo lá acertar suas contas, o senhor levando presentinho lá pra todo o pessoal no final de ano sempre muito discreto, muito humilde.

Nós precisamos, Padre Petrus, de padres assim como o senhor! Deus o recompense por tudo!

Ao final, toda a comunidade agradeceu o sacerdote com uma efusiva salva de palmas!