ADVENTO COM CONFIANÇA E ESPERANÇA

ADVENTO COM CONFIANÇA E ESPERANÇA

Irmãos e irmãs!

Com o Advento, retomamos, com renovada esperança, o caminho para o Senhor, que veio, que vem e que virá. Quem nos acompanhará neste novo ano litúrgico é Marcos, o mais antigo dos quatro evangelistas, aquele que acompanhou de perto a pregação de São Pedro e a partir dela elaborou o seu Evangelho, apresentando Jesus como começo da Boa Notícia. “Jesus é o Messias, o Filho de Deus” (Mc 1,1; 14,61; 15,39). São seus discípulos, que ontem como hoje, continuando sua prática confirmam a esperança da vinda do Reino. Marcos é o evangelista do discipulado e da missionariedade.

O Advento é também tempo de alegria, mais forte que os embates com que nos confrontamos cada dia. Tempo de resistir, porque o amor de Deus está sempre presente. Não nos deixemos abater pelo desânimo. Alegria pelo caminho que percorre nossa Igreja Universal – o caminho da sinodalidade que a caracteriza desde os inícios e que, distinguindo-a na compreensão de uma Igreja que acolhe a todos, consola, busca curar as feridas, faz viver e transforma a vida das pessoas e do mundo.

Na Igreja do Brasil, a alegria pela recepção do Missal Romano, em sua terceira edição, que, ao longo de anos, foi sendo revisto e neste Advento nos é entregue, para que possamos celebrar com mais ardor e fidelidade o mistério de Cristo e da Igreja na Eucaristia. Em nossa Diocese, a alegria da preparação adiantada para a celebração do seu centenário em 2025.

Celebrar o Advento é celebrar a missão do verbo, Jesus Cristo, fruto do olhar penetrante e profundo de Deus. Olhar universal que a tudo e a todas as pessoas vê. Olhar acolhedor e que não passa despercebido. Olhar que exige sempre resposta nossa e de toda a humanidade e preparação para sua vinda, já acontecendo em nosso tempo. É o que, como Igreja - comunidade, somos chamados a fazer, não deixando perder a esperança da festa universal da salvação. E, uma Igreja aberta para todos, bons e maus, conforme lemos no evangelista Lucas, uma Igreja que precisa ir até as pessoas, onde estiverem, Igreja que deve concentrar o que tem de melhor: o serviço de sua energia, inspiração e criatividade.

O tempo do Advento é também um convite para sairmos da mediocridade, sobretudo aquela imposta pela era digital que a muitos absorve de modo quase que ilimitado, não deixando espaço para a imaginação positiva. O que nos falta hoje é a paixão pela fé, amor a Jesus Cristo, amor à Igreja. Não percamos a oportunidade, impulsionados pela ação do Espírito, de perceber os sinais de sua presença e renovar nosso sim e nossa vigilância na expectativa do Senhor que vem. A mãe de Jesus nos ajude a entrar no espírito do Natal.