Pontifício Conselho divulga eventos do Jubileu para o início de fevereiro

Pontifício Conselho divulga eventos do Jubileu para o início de fevereiro

POSTADO EM 01 de Fevereiro de 2016

Vaticano prepara recepção de relíquias e envio de Missionários da Misericórdia

O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, ao lado do subsecretário do mesmo dicastério, monsenhor Graham Bell, apresentou, na manhã de sexta-feira, 29, na sala de imprensa da Santa Sé, duas iniciativas vinculadas ao Ano Jubilar que acontecem no início de fevereiro: o envio dos Missionários da Misericórdia e o translado temporário a Roma das relíquias de são Pio de Pietrelcina e de são Leopoldo Mandic.

O prelado fez uma avaliação dos primeiros 50 dias do Jubileu, aberto pelo papa no dia 08 de dezembro de 2015. “Neste lapso de tempo, as Portas da Misericórdia foram abertas em todo o mundo. A incrível participação das pessoas registrada nos eventos, permite verificar a intuição do Jubileu Extraordinário por parte do papa Francisco de que correspondesse a uma genuína expectativa do povo de Deus, o qual tem acolhido com a alegria e entusiasmo este evento de graça”, analisou. “Na verdade, temos que afirmar que este Jubileu está sendo vivido intensamente em todo o mundo e cada Igreja local está organizando este tempo de graça como uma forma genuína de renovação da Igreja e como um momento particular de nova evangelização”, completou Fisichella.

O bispo contou que o dicastério recebe, a cada dia, milhares de fotos e registros de todo o mundo que atestam “o compromisso e a fé dos crentes”. Ele também falou do número de peregrinos que chegam a Roma. Os eventos jubilares, de acordo com Fisichella, já reuniram mais de 1,3 milhão de pessoas. Entretanto, reafirmou que “este não é o critério para julgar o êxito do Jubileu”. Ele considera que um Ano Santo vai mais além dos números e o que se busca é “tocar o coração e a mente das pessoas para ajuda-las a compreender o grande amor com o qual Deus se faz presente em sua vida cotidiana. É um tempo para revisar nossa vida de fé e compreender se somos capazes daquela conversão e renovação que provêm justamente do saber olhar fixamente o essencial”.

Dom Fisichella recordou, ainda, que o papa realizou dois sinais peculiares de seu testemunho concreto de misericórdia. No dia 18 de dezembro, Francisco abriu a Porta da Caridade no albergue “Don Luigi Di Liegro”, onde celebrou a eucaristia no refeitório. No dia 1 de janeiro, visitou o Abrigo de Idosos “Bruno Buozzi”, no bairro Torrespaccata, de onde seguiu para a Casa Iride. No local, esteve com enfermos em estado vegetativo e com os familiares que os acompanham. “Estes sinais comportam um valor simbólico diante de tantas necessidades que nos apresenta a sociedade de hoje”, disse.

Eventos especiais

Relíquias

Estarão em Roma as urnas que contém as relíquias de são Leopoldo Mandic e de são Pio de Pitrelcina. “Conhecendo a história destes santos que gastaram suas vidas a serviço da misericórdia, se pode compreender a importância deste momento e porque constitui realmente uma novidade”, sinalizou dom Fisichella.

As relíquias passaram pela basílica de são Lorenzo Fora dos Muros, onde chegarão na próxima quarta-feira, dia 3. No dia seguinte, as relíquias estarão na igreja Jubilar de são Salvador, em Lauro, de onde seguirá em procissão, na parte da tarde, pela via da Conciliação, rumo à Basílica de São Pedro, onde ficarão expostas até o dia 11 de fevereiro.

Missionários da Misericórdia

Na Quarta-feira de Cinzas, dia 10 de fevereiro, o papa Francisco entregará o mandato aos Missionários da Misericórdia. De acordo com a Bula de Proclamação do Ano Santo, Misericordiae vultus, os Missionários serão “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé. Serão sacerdotes aos quais darei a autoridade de perdoar também os pecados que estão reservados à Sede Apostólica, de modo que se faça evidente a amplitude de seu mandato”. 

Dom Fisichella afirma que os enviados ''serão, sobretudo, sinal vivo de como o Pai acolhe quantos estão em busca de seu perdão”. “Serão Missionários da Misericórdia porque serão os artífices diante de todos de um encontro carregado de humanidade, fonte de liberdade, rico de responsabilidade, para superar os obstáculos e retomar à vida nova do Batismo”, explicou.

O presidente do Pontifício Conselho também salientou que os missionários são somente alguns padres comissionados pelo papa para serem, em suas próprias igrejas particulares, testemunhas privilegiadas do caráter extraordinário do evento jubilar. São nomeados unicamente pelo papa, não pelos bispos. “A eles confia o mandato de anunciar a beleza da misericórdia de Deus e de serem confessores humildes e pacientes, capazes de dispensar um grande perdão a quantos se aproximarem da Confissão”, afirmou.

Segundo o dicastério à frente do Jubileu, todos os Missionários receberam permissão de seus respectivos bispos ou superiores religiosos e estarão à disposição de quantos queiram solicitar sua presencia durante largo todo o período jubilar, sobretudo durante a Quaresma. Em Roma, estarão presentes 700 Missionários. O papa Francisco os encontrará na terça-feira, dia 9 de fevereiro. Na Quarta-feira de Cinzas, somente os Missionários da Misericórdia concelebrarão com o pontífice, quando acontecerá o recebimento do "mandato", junto com a faculdade de absolverem também os pecados reservados à Santa Sé.

A iniciativa que envolve o envio dos mais de mil Missionários da Misericórdia às igrejas particulares é considerada uma das mais sugestivas e significativas do Jubileu da Misericórdia.

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