Não há Ressurreição sem Cruz

Não há Ressurreição sem Cruz

POSTADO EM 05 de Abril de 2017

Por   Pe. José Antonio Boareto 


 

            Os cristãos e as cristãs compreendemque para serem discípulos e discípulas de Jesus faz-se necessário correspondera sua palavra que pede: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tomesua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23).

            Na Oração Eucarística V a respostada assembléia é “Caminhamos na estrada de Jesus”. O caminho que a comunidadeprecisa perfazer é o mesmo de Jesus. Somos chamados a sair da Galiléia, partirem missão e ir a Jerusalém para ser crucificados e assim encontrar aressurreição.

            Seguindo Jesus pela estrada da vidaaprendemos através das parábolas e dos seus gestos como também devemos fazer. OMestre ensina por palavras e gestos. Seu ensinamento maior é o própriotestemunho que oferece. Ele revela ao mundo que o nome de Deus é Misericórdia.

            Por onde passa faz o bem, cura osenfermos, expulsa os demônios, liberta os oprimidos, devolve a dignidade queestava ferida, inclui quem estava excluído. Demonstra compaixão fazendo-sesolidário.

            Caminhemos na estrada de Jesus. Sigamos com Ele atéJerusalém. Ele nos afasta o medo. E passando pela Cruz, vencendo a morte,iremos com Ele ressuscitar.

            Renunciemosa nós mesmos, tomemos a cruz e sigamos Jesus até Jerusalém. Segundo São João daCruz não há dor maior para um cristão e uma cristã do que o medo de abraçar acruz.

            SantaTeresa de Jesus dizia que quem abraça a sua cruz ela se torna leve, enquantoquem a arrasta ela se torna pesada. Abraçar a cruz é fazer da vida uma decisãopor viver para Jesus. É ser feliz e realizar-se na vocação de ser homem novo emulher nova nascida no batismo.

            Quesua vida seja uma permanente páscoa, um abraçar a cruz sem medo, uma vida feitadoação, entrega e abandono em Deus. Passar da Cruz à Ressurreição. Um viverpara amar a Ele encontrando-o no pobre que nos revela sua presença, pois eleestá naquele que passa fome, sede, nu, preso ou doente.

            Naforça do Crucificado-Ressuscitado cada um e uma e cada comunidade possa dianteda crise de sentido que experimentam as pessoas hoje oferecer a felicidade queencontram em Jesus e na vida cristã que deve ser um viver por Cristo, comCristo e em Cristo.

            Cresçamos na vocação de seradoradores em Espírito e Verdade e mergulhados nesse oceano de misericórdia doamor infinito e de bondade do Senhor também comuniquemos esse amor. Sejamossinais da Ressurreição de Cristo para o mundo que desacredita que o Amor venceua morte e o mal.

                                                                                                                     

 Feliz Páscoa!

                                                                                                               Deus vos abençoe!

                                                                                                    Pe. José Antonio Boareto

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